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6/12/2010


ACOLHIMENTO

Cara triste
Acabrunhado
Cabeça inclinada para o chão
Por favor
Posso ajudar ?
A voz sai do coração
Sim se faz favor
De pronto aceita o pedido
Seu rosto muda de feições
Já não parece perdido
Um leve sorriso aparece
Mas nota-se o sofrimento
E em seus olhos uma prece
E em palavras agradece
Este pronto atendimento
Já tantas vezes aqui vim
Mas é difícil para mim
Nunca atino com o caminho
Vira á esquerda
Vira á direita
E esta maldita maleita
Que me vai atrofiando
Que rebenta com meu peito
Não sei eu até quando
Não fosse a vossa ajuda
E o carinho que nos dais
Com vossos braços abertos
Sem outros interesses que tais
O vosso braço de apoio
Os vossos ouvidos atentos
Vossa palavra sincera
É naqueles momentos
A certeza de que existe
Quem ouça nossos lamentos
Compreenda nossos sentimentos
Quem ouça nossos ais
Acredite meu amigo
Tudo o que damos é amor
Não fazemos nada de mais

António da Costa

1 comentário:

Manuela Pinto disse...

Olá António parabens, muitos parabens, não conhecia a tua veia poética, gostei de todos, mas o que mais me sensibilizou foi o Acolhimento. Ou não fosse o nosso trabalho?
è um prazer trabalhar contigo, obrigado pela pessoa que és.
Manuela Pinto