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11/05/2011

SENTIR








SENTIR

Sinto a dor do sentir
Sentimento que dói por dentro
Vejo nos olhos o que sinto
Sinto a dor do momento
Sinto que os olhos não mentem
E naquele triste olhar
Mostram aquilo que sentem
Dói o corpo dói a alma
Dói a incerteza do saber
E os olhos não escondem
O que vejo no seu ver
Aqueles olhos tão lindos
Já cheios de desilusão
Dizem-me aquilo que sinto
E me aperta o coração
Aquele corpo abatido
Que vai perdendo a esperança
Precisa ouvir com seus olhos
Palavras de confiança
Precisa não ver em meus olhos
O sentir que sinto de dor
Meus olhos devem mostrar
O meu amor solidário
Seus olhos devem ver
O porquê de ser Voluntário












António Costa

2/25/2011


O Fim Próximo

O dia amanhece tristonho
Cara de sono sombria
Denunciando meio envergonhada
Uma noite mal passada
Não era o que mais queria
Mas que madrasta é a vida
Cheia de encolhos constantes
Foi-se a alegria de viver
Já nada é como antes
Ser alegre já não interessa
Foi-se a vontade de querer
Mas vou mudar
É preciso agir depressa
O fim a chegar começa
E não tarda a terminar
Mas eu quero acordar
Deste sonho de horror
Quero e vou lutar
Pela dignidade do amor
Vou viver o dia a dia
Um de cada vez
Vou vive-lo intensamente
Vou aproveitar o seu melhor
Vou viver as coisas belas
E encher minha cabeça
Para que quando a noite chegar
Todo meu ser adormeça
E quando a aurora chegar
Alegre me vai encontrar
Para começar novo dia
Assim quero viver
Para que quando tudo acontecer
Pensando em tudo o que fiz
Possa aos que ficam dizer
Partilhem comigo a alegria
Vou partir
Mas fui feliz


António Costa