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4/24/2010

SEMPRE ME DEI




Dei-me de corpo inteiro
A tudo que na vida fiz
Mesmo não sendo o primeiro
Sempre dei do que tinha
Aquilo que sempre quis
Dei amor que não foi meu
Pois que antes alguém mo deu
Carinhos que eu dei
E que em dobro recebi
Mas que ainda hoje não sei
Se esse amor que eu dei
E dentro de mim calado
Pois se dei e me foi dado
Se calhar não dei
Apenas foi emprestado
Dar não é assim
É tirar de dentro de mim
O que de mais belo tiver
Desprender-me do que mais gosto
Em favor de quem precisa
Sem que mo seja proposto
É dar-me por inteiro
E não esperar nada em troca
Não ser orgulhoso ao dar
Nem sequer sentir vaidade
Pois quem espera meu dar
Tem no espírito a esperança
E no corpo a necessidade
Assim gostaria de ser
Assim estou a aprender
E assim um dia serei
E tudo de mim darei
E então direi só para mim
Finalmente o que dou
Nasceu dentro de mim


António da Costa

4/01/2010

Senhor que te fizeram ?






Hoje olhei para o céu
E senti em meu coração
Um misto de alegria e dor
Eu sabia que se assinalava
A morte de meu Senhor
Humildemente nasceu
Mesmo sendo filho de Deus
O Rei dos Céus e da terra
Não exibiu o seu reinado
Humildemente viveu
Cumprindo o que estava escrito
Para acabar com o pecado
Passou fazendo o bem
Por todos os cantos da terra
Sempre levando a paz
Denunciando a guerra
Teve amigos e seguidores
Humildes poetas e doutores
Reis e outros senhores
Que ele tratou como iguais
A este mundo chegou
Trazendo uma nobre missão
Do pecado original
Ele nos vinha libertar
E dizer-nos que a morte
Não era mais o terminar
Era agora o continuar
Para um estágio superior
Onde poderíamos desfrutar
A companhia de Deu Nosso Senhor
Em tão pouco tempo
Tanto fez Jesus
E a recompensa dos homens
Foi prega-lo numa Cruz
De tal me sinto culpado
Pois continua a paixão
Pelo meu e teu pecado
Dia a dia Crucificado
Dando sempre o seu amor
Seus filhos Ele acarinha
Suportando a sua dor
Eu sei que ressuscitas
Mas te peço com fervor
Não deixes que com meus actos
Te continue a matar SENHOR

António da Costa