Humilde e Singela Homenagem a meu amigo Izidoro
Poeta de Coração Grande e Alma Humilde
Meus Pêsames
Quero que a Morte amiga
Com seu canto lutuoso, a mim siga
E me faça adormecer lastimoso
Nas áridas pastagens do tártaro lodoso.
Quero que a Morte traiçoeira
De Hades, musa e vulgar companheira,
Sinta em mim o seu perfume de matéria corrompida
Sinal de vida derradeira
Quero que a Morte tão temida
Abrace a mim e me descure a vida
E deixe-me envolver por seu ditame
E me chame... me chame...chame...ame
Quero que a Morte eremita
Viajor que galopa na desdita
Germine em mim seu sêmem sombrio
E de meu óbito faça,
Um espetáculo cabotino de decadência e graça.
Quero que a irmã Morte me aspire e queira
E me faça vergar brando
Tal qual o tronco da videira
Até meu corpo ser habitável somente
Pelo verme roedor de minha carne decadente.
Quero que a Morte enaltecida
Me encerre no esquife claustrofóbico, aprisionado
E deixe meu espírito vagar enamorado
Por uma vida inerte e adormecida.
Quero que a Morte discriminada
Guarde na sua profunda lembrança
Minha mortalha surrada
E um vil sentimento de esperança
Quero que a Morte implacável,
Faminta, cega e insaciável
Teça para mim um mudo lamento
E depois de minha ossada consumir-se
Lance meu pó no assovio do vento.
E quando me amamentar o seio da Morte
Rejeito o tirano amor doído
Por que abracei desventurada sorte?
Por um dia não ser correspondido.
Isidoro Gualda
Quero que a Morte amiga
Com seu canto lutuoso, a mim siga
E me faça adormecer lastimoso
Nas áridas pastagens do tártaro lodoso.
Quero que a Morte traiçoeira
De Hades, musa e vulgar companheira,
Sinta em mim o seu perfume de matéria corrompida
Sinal de vida derradeira
Quero que a Morte tão temida
Abrace a mim e me descure a vida
E deixe-me envolver por seu ditame
E me chame... me chame...chame...ame
Quero que a Morte eremita
Viajor que galopa na desdita
Germine em mim seu sêmem sombrio
E de meu óbito faça,
Um espetáculo cabotino de decadência e graça.
Quero que a irmã Morte me aspire e queira
E me faça vergar brando
Tal qual o tronco da videira
Até meu corpo ser habitável somente
Pelo verme roedor de minha carne decadente.
Quero que a Morte enaltecida
Me encerre no esquife claustrofóbico, aprisionado
E deixe meu espírito vagar enamorado
Por uma vida inerte e adormecida.
Quero que a Morte discriminada
Guarde na sua profunda lembrança
Minha mortalha surrada
E um vil sentimento de esperança
Quero que a Morte implacável,
Faminta, cega e insaciável
Teça para mim um mudo lamento
E depois de minha ossada consumir-se
Lance meu pó no assovio do vento.
E quando me amamentar o seio da Morte
Rejeito o tirano amor doído
Por que abracei desventurada sorte?
Por um dia não ser correspondido.
Isidoro Gualda
Sem comentários:
Enviar um comentário